Uma das dúvidas mais comuns que chegam ao nosso consultório diz respeito a necessidade de se remover os terceiros molares (conhecidos como sisos). É comum os pacientes perguntarem: "Doutor, preciso tirar os meus sisos?!" A resposta depende de cada caso.
Algumas condições precisam ser avaliadas antes de se indicar a extração ou não desses dentes. Para isso, precisamos analisar clinica e radiograficamente esses dentes de forma a saber se o dente está posicionado adequadamente para erupcionar, se há espaço para que ele erupcione, se o paciente apresenta condição de higienizar o dente satisfatoriamente etc.
Na maioria dos casos os sisos não se encontram bem posicionados, estando muitas vezes inclinados, o que não permite que ele possa erupcionar. Nessa condição, o siso se encontra impactado e, portanto, indicado para a extração.
Pode acontecer de o dente impactado estar muito próximo de estruturas nobres (p.ex. nervo alveolar inferior), fazendo com que a extração desse dente traga risco de sequelas mais severas, sendo as vezes deixado dentro do osso e acompanhado radiograficamente, ou seccionado e removido apenas a porção coronária.
O fato é que esses dentes são muito difíceis de ser higienizados e por isso são frequentemente acometidos por cárie ou doença periodontal. Uma condição muito comum é a chamada pericoronarite, que diz respeito à uma inflamação na gengiva ao redor da coroa do dente.
Quando a erupção não é completa, pode acontecer de permanecer uma espécie de capuz de gengiva cobrindo parcialmente o dente. Pela abertura existente, ocorre a entrada de restos de alimento e bactérias que não são removidas na higienização, levando a uma infecção no local.
Portanto, para prevenir que essa situação aconteça e traga dor ao paciente, muitas vezes recomendamos a extração preventiva desses elementos, que não participam da mastigação, não estão envolvidos na estética, e estão lá só para dar trabalho de limpar!